O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
classificou nesta quinta-feira (25) de "erro" a decisão dos deputados
de estender
o reajuste do salário mínimo aos aposentados e pensionistas do
INSS. Na avaliação do peemedebista, a eventual mudança nas regras de reajuste
das aposentadorias comprometerá o ajuste fiscal para equilibrar as contas da
União. Para virar lei, o texto aprovado nesta quarta pela Câmara ainda precisa
ser apreciado pelo Senado e sancionado pela presidente Dilma Rousseff.
Pelos cálculos do governo, a medida gerará gastos de R$
9,2 bilhões por ano – sendo R$ 4,6 bilhões em 2015.
“Essa emenda de ontem aprovada foi um erro e esse erro
precisa ser corrigido, senão, os sinais que nós vamos dar para os mercados é de
um descontrole da política fiscal”, afirmou o peemedebista.O reajuste aos
aposentados foi aprovado junto com a votação da medida provisória que prorroga
até 2019 o atual modelo de reajuste do salário mínimo. A regra, em vigor desde
2011, tinha validade somente até o fim deste ano. A matéria segue agora para
análise do Senado.
Pela medida provisória, o mecanismo de atualização do
salário mínimo continuará a ser calculado com a correção da inflação, medida
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, mais a
variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores.
Para Cunha, a aprovação do reajuste aos aposentados
“passou dos limites” e foi feita de “forma equivocada”. “Essa medida de ontem
foi uma medida que passou dos seus limites. A aprovação de ontem realmente
causa prejuízo ao país. Foi feita de forma equivocada. Não se trata de proteger
os aposentados, se trata de você dar uma correção salarial a todos os
aposentados com recurso público que nem os funcionários da ativa tem o
direito”, afirmou.
Na avaliação dele, o governo deverá vetar essa medida, o
que prejudicará também os trabalhadores. “Quem fez aquilo ontem acabou
praticando um ato contra o trabalhador que queria ter uma política de salário
mínimo regulamentada e não vai ter”, disse.
Segundo o líder do governo na Câmara,
José Guimarães (PT-CE), a “tendência” é que o governo vete essa medida para
evitar o impacto no ajuste fiscal. “Acho que é um bom caminho, acho que é a
tendência, pode vetar”, afirmou.
Para ele, aprovar o reajuste do mínimo aos aposentados
não foi “razoável”. “Não foi razoável porque prejudica a política da regra
permanente do reajuste do salário mínimo. Acho que teve uma dose de demagogia
muito grande”, disse.
fonte: http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/06/cunha-chama-de-erro-estender-ajuste-do-minimo-aposentados.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário
obrigado...