A taxa de desocupação subiu em todos os estados brasileiros no segundo trimestre de 2016 ante o mesmo período do ano passado, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua), do IBGE. No Brasil, o índice ficou em 11,3%, o mais alto desde o início da série histórica, iniciada em 2012. No segundo trimestre de 2015, o índice estava em 8,3%. O resultado do Ceará foi ainda um pouco pior que o nacional, com o desemprego em 11,5%, ante os 8,8% registrados em 2015. O número representa 35% a mais na taxa de desocupação. Ao todo, são 448 mil desempregados no Estado. No Brasil, são 11,6 milhões.
A região Nordeste permanece apresentando as maiores taxas de desocupação ao longo de toda série, tendo registrado, no segundo trimestre de 2016, uma taxa de 13,2%; enquanto a região Sul teve a menor, 8%. Entre as unidades da federação, as maiores taxas de desocupação no segundo trimestre de 2016 foram observadas no Amapá (15,8%); Bahia (15,4%) e Pernambuco (14,0%), enquanto as menores ficaram em Santa Catarina (6,7%), Mato Grosso do Sul (7,0%) e Rondônia (7,8%).
Em termos de atividade no Ceará, o coordenador do Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, destaca a queda expressiva do número de empregos na construção (13,4%), o crescimento da agricultura e pecuária (16,3%) e a recuperação do comércio (2,3%).
O analista do Mercado de Trabalho do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho, Mardônio Costa, explica que em abril, maio e junho, comparado com o trimestre anterior foram criados 127 mil postos de trabalho no Estado, insuficientes para cobrir a entrada de 172 mil pessoas no mercado de trabalho. “A situação é difícil e atinge todas as regiões”, comenta Mardônio.
Terceiro menor rendimento
Segundo a PNAD Contínua, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$1.972) nas regiões Sudeste (R$ 2.279), Centro-Oeste (R$ 2.230) e Sul (R$ 2.133), enquanto Norte (R$ 1.538) e Nordeste (R$ 1.334) abaixo da média. O Distrito Federal apresentou o maior rendimento (R$ 3.679), seguido por São Paulo (R$ 2.538) e Rio de Janeiro (R$ 2.287). Os menores rendimentos do País foram registrados no Maranhão (R$ 1.072), Bahia (R$ 1.285) e Ceará (R$ 1.296).
No Ceará, a população em idade de trabalhar, de acordo com a PNAD Contínua estimada em 7,1 milhões de pessoas, aumentou em 90 mil pessoas, (1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior). Com relação ao trimestre anterior, houve crescimento de 44 mil pessoas.
Os empregados com carteira de trabalho assinada no Estado são estimados em 933 mil pessoas e não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano anterior e, também, em relação ao trimestre anterior. Mas no caso dos sem carteira assinada (640 mil), foi observado um aumento de 56 mil pessoas em relação ao trimestre anterior ou variação de 9,6%.
Fonte: O Povo
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