A iniciativa é da Fundação Banco do Brasil com o BNDES e deve beneficiar 14,3 mil pessoas na região
Em tempos de grave estiagem no Polígono da Seca (região Nordeste e Norte de Minas Gerais), a Fundação Banco do Brasil (FBB) anunciou novo investimento social para assegurar o acesso à água potável no Semiárido brasileiro. Serão destinados RS 17,3 milhões para a implantação de 3.588 cisternas para captação e armazenamento de água nos nove estados da região. Somente no Estado do Ceará, serão 533 cisternas, atendendo cerca de duas mil pessoas.
A iniciativa ocorre em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e vai beneficiar 14,3 mil pessoas da área rural. O convênio entre a FBB e a Articulação do Semiárido (ASA) já foi firmado.
A ASA é uma rede formada por mais de três mil organizações da sociedade civil, que ficará responsável pela identificação e mobilização dos beneficiados, assim como a construção dos reservatórios e a assessoria técnica.
As cisternas serão divididas em dois tipos: 3.198 voltados para o consumo básico, conhecido como "Cisterna - Água de Beber", e 390 destinadas à produção de alimentos e criação de pequenos animais, a "Cisterna - Água de Produção".
O Ceará somente receberá unidade para o consumo humano. Durante o projeto, haverá capacitação de pedreiros das próprias comunidades e das famílias beneficiadas, a fim de obter maior aproveitamento da água potável, emprego de mão-de-obra local e geração de renda entre as famílias da localidade.
Nos últimos quatro anos, a Fundação BB já implantou, no Ceará, 16.436 unidades de consumo básico e 1,8 mil de produção, em parceria com a ASA. A reaplicação beneficiou cerca de 72 mil pessoas. Estudos sobre os impactos positivos gerados por essa tecnologia social indicam a redução na incidência de doenças e aumento na frequência escolar entre as crianças e os jovens.
Com a nova etapa, a FBB completará a entrega de 95,6 mil unidades, alinhadas à políticas públicas de acesso à água do Governo Federal, correspondendo a investimento de R$ 327 milhões, nos últimos cinco anos. Foram investidos R$ 191 milhões para a construção de 83,2 mil cisternas de placas (água de beber); R$ 136 milhões para a construção de 12,4 mil cisternas calçadão e enxurrada (água de produção), em parceria com o BNDES. Todas as cisternas são georreferenciadas, o que garante a transparência da implantação, acompanhamento e fiscalização dos projetos.
Tecnologia social
As cisternas de placas foram certificadas como tecnologia social em 2001 pela Fundação BB, com a finalidade de captar e armazenar água da chuva. Para o consumo das famílias, o sistema utilizado permite o acúmulo de até 16 mil litros, que atende a necessidade de uma família de cinco pessoas pelo período de até oito meses. O equipamento é composto por encanamento simples para recolher água da chuva nos telhados das casas, por meio de calhas, e reservatório no subsolo revestido com placas.
Já para as atividades produtivas, as cisternas são de dois modelos: calçadão e enxurrada. As duas possuem capacidade de até 52 mil litros de água. Elas são construídas próximas as residências das famílias. A diferença é que a enxurrada é instalada no caminho por onde passa o fluxo pluvial e a calçadão capta o recurso hídrico de áreas em declive.
Investimento
Milhões de reais serão destinados para a implantação de 3.588 cisternas para captação e armazenamento de água nos nove estados do Semiárido brasileiro.
Fonte: O Regional - Diário do Nordeste
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