Cerca de 130 animais
precisaram ser sacrificados para impedir proliferação do vírus da febre suína
Após o registro de pelo
menos três focos da peste suína clássica no Ceará, dúvidas e
informações incorretas surgem entre a população, que teme a possível presença
de mais uma doença afetando a saúde pública. É importante, então, esclarecer: o
que causa a doença? Ela afeta seres humanos? Tem prevenção?
Confira as principais
informações sobre a PSC:
– O que é a peste suína
clássica (PSC)?
Também conhecida como febre
suína ou cólera dos porcos, a PSC é uma doença causada por vírus, que tem como
possíveis hospedeiros apenas porcos e javalis.
– A peste suína pode ser
transmitida a humanos?
Não, a doença não é uma
zoonose, ou seja, não representa riscos de saúde para humanos, segundo explica
o diretor de sanidade animal da Agência de Defesa Agropecuária do Ceará
(Adagri), Amorim Sobreira.As ameaças recaem sobre os produtores locais, que
podem perder parcelas consideráveis das criações de animais.
– Se uma pessoa consumir a
carne de porco contaminada, vai contrair alguma doença?
“Nem o consumo da carne
causa problema ao ser humano. Os riscos são exclusivamente para os produtores
suínos, é um problema de ordem econômica”, esclarece o diretor de sanidade
animal da Adagri.
– Quais locais do Ceará têm
registros de contaminação?
Foram identificados casos em
Forquilha, Groaíras e Santa Quitéria, todos no Noroeste do Estado. No primeiro
município, o Ministério da Agricultura identificou um foco de peste suína e
cerca de 130 animais de uma propriedade foram sacrificados.
– Quais os prejuízos
possíveis causados pela peste suína?
Com o estado de emergência
decretado pelo Governo do Estado nos municípios com presença de foco, os
produtores estão proibidos de exportar ou importar porcos, impactando na
economia.
– Como os porcos são
infectados pelo vírus?
Pelo contato direto com
animais doentes; por pessoas, utensílios, veículos, roupas, instrumentos e
agulhas com o vírus; por restos de alimentos mal conservados ou por transmissão
da mãe para o filhote, ainda na placenta, como descreve o Ministério da Agricultura.
– Como impedir que a
contaminação se espalhe pelo Ceará?
De acordo com a Adagri, foi
iniciada uma força-tarefa com 20 técnicos para fazer inspeções nas
propriedades onde foram encontrados os focos da doença. Essas áreas, todas de
pequeno porte, permanecem isoladas, para que novos animais não tenham risco de
infecção.
– Existem formas de
prevenção da doença?
A vacinação é eficiente no
controle da doença, mas, de acordo com o Ministério da Agricultura, não elimina
a infecção. O Ceará não faz parte da zona livre de peste suína clássica,
reconhecida pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), devido à
dificuldade de controlar a origem e o trânsito de suínos.
Por: Diario do Nordeste
Nenhum comentário:
Postar um comentário
obrigado...