Ministério Público do Ceará instaura procedimento para apurar reajuste de 15,86% da conta de água

Após aprovação de reajuste de 15,86% na tarifa média dos serviços de água e esgoto do Ceará, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Decon), instaurou procedimento administrativo contra a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e contra a Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce).
O reajuste na tarifa foi anunciado na última semana e passa a valer no próximo dia 24 de março, segundo a companhia. Com a revisão tarifária, conforme publicado no Diário Oficial do Estado, o preço do metro cúbico passará de R$ 3,55 para R$ 4,11.
Para o Decon, o reajuste está em desacordo com o determinado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).
“Inúmeros consumidores podem ser prejudicados com o reajuste, que macula os dispositivos do Código de Defesa do Consumidor. Iremos analisar o procedimento e as manifestações da Cagece e da Arce para adotarmos as medidas cabíveis ao caso. Se for constatada alguma irregularidade, os dois órgãos sofrerão penalidades administrativas estabelecidas no artigo 18 do Decreto 2181/97”, detalha a promotora de Justiça Ann Celly Sampaio.
Além disso, o Decon ressalta que a Cagece e a Arce não aguardaram e, portanto, não levaram em consideração o parecer de consultoria especializada que fundamentasse a composição dos custos dos serviços regulados e ofertados pela Companhia.
“O aumento contraria manifestação enviada pelo Decon em 16 de janeiro de 2019 na qual o órgão recomendava à Arce e à Cagece que não reajustassem os preços dos serviços indiretos até a apresentação de parecer de consultoria especializada”, informa o órgão.
FONTE: G1 CE

Cadáver de jovem croata é encontrado em congelador após 18 anos desaparecida

Há 18 anos uma estudante croata desapareceu e o mistério sobre o seu paradeiro parece ter sido elucidado após a descoberta anunciada, neste domingo (17), pela Polícia de um corpo dentro de um congelador na casa da irmã da vítima, indicou a imprensa.
Jasmina Dominic tinha 23 anos quando desapareceu, em 2000. Nascida em Mala Subotica, localidade do norte da Croácia, estudava em Zagreb nessa época.
A família denunciou o desaparecimento à Polícia cinco anos depois, de acordo com o jornal Vecernji List.
No sábado à noite, uma mulher de 45 anos foi detida em Mala Subotica no âmbito da investigação, declarou à AFP um porta-voz da Polícia regional, Nenad Risak.
"Estamos supondo que o corpo encontrado no congelador seja o de uma jovem nascida em 1977 e cujo desaparecimento foi assinalado em 16 de agosto de 2005", explicou o porta-voz.
A Polícia privilegia a pista de assassinato. Será feita uma necropsia para ter mais elementos, segundo a mesma fonte.
O porta-voz não deu detalhes sobre a identidade da pessoa detida. De acordo com a imprensa local, se trataria da irmã da vítima.
Segundo o site de informação regional eMedjimurje, o corpo foi encontrado na casa onde morava a irmã da vítima com o marido e três crianças.
O pai de Jasmina Dominic, falecido há alguns anos, declarou em 2011 à imprensa que sua filha lhe havia dito em 2000 que iria trabalhar em um cruzeiro e que também planejava morar em Paris.
FONTE: DIARIO DO NORDESTE

Ceará registra quatro primeiros óbitos por Aids em 2019

O Ceará já registrou os primeiros óbitos causados por Aids em 2019, de acordo com a planilha de doenças de notificação compulsória da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).
Até o dia 9 de fevereiro, período referenciado no documento estadual, quatro óbitos por Aids aparecem nos municípios de Sobral, Crateús, Jaguaretama e Lavras da Mangabeira. Em 2018, o Estado todo registrou 247 óbitos pela doença, segundo o Boletim Epidemiológico de HIV/AIDS 2018, também de autoria do Órgão estadual.
O infectologista Anastácio Queiroz comenta que, quanto mais se demora para descobrir a infecção, mais riscos e complicações o soropositivo tem de enfrentar por conta do HIV/Aids. "Às vezes, a doença já evoluiu tanto que, mesmo fazendo o tratamento, o indivíduo não consegue recuperar a saúde", complementa o especialista.
O Núcleo de Vigilância Epidemiológica, da Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Sesa, reverbera o discurso sobre a necessidade de um diagnóstico breve. E complementa, informando que, para além desse fator, a "não adesão ao tratamento medicamentoso e abandono de tratamento" são outros potenciais causadores de óbito.
Dificuldade no tratamento
O vírus HIV possui muitas mutações, e por isso, a medicação retroviral do paciente pode estar errada, em alguns momentos. Assim, efeitos colaterais (como náuseas e vômitos) podem afetar diretamente a regularidade do tratamento.
Contudo, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica alerta que, "atualmente, as drogas adotadas para o tratamento do HIV causam menos efeitos colaterais nos pacientes". Por isso, "é importante o acompanhamento regular para que o médico possa avaliar os efeitos colaterais e adequar o melhor tratamento", explica.
Conscientização
A época de "Pré" e Carnaval, historicamente, requer ainda mais atenção em relação ao contágio de HIV/Aids. Conscientização e prevenção são duas das principais estratégias para evitar a transmissão.
"Mesmo nos dias de folga e de folia, é preciso ter atenção com a saúde. A alegria de conhecer pessoas novas deve ser acompanhada de medidas de prevenção, para poder curtir o carnaval com segurança", ressalta Telma Martins, articuladora do Grupo de Trabalho de IST/ Aids da Sesa.
FONTE: DIARIO DO NORDESTE

Operação Carro-Pipa pode ser suspensa em municípios com poços

A Operação Carro-Pipa (OCP), realizada por meio de cooperação técnica e financeira entre os Ministérios do Desenvolvimento Regional e da Defesa, tem como missão distribuir água potável por meio de carros-pipa a municípios afetados por seca e estiagem. Contudo, como algumas cidades cearenses têm sentido, o benefício pode ser revisto em determinadas situações estabelecidas pela coordenação do projeto.
Ontem, cinco cidades tiveram o benefício suspenso. Por ora, Iguatu, Quixadá, Itaitinga, Milhã e Boa Vista deixaram de receber os carros-pipa. Os volumes pluviométricos registrados nos últimos dias, nestes municípios, justificam a interrupção do projeto.
"Ficamos muito tempo contando apenas com a água dele (do carro-pipa), agora começou a chover e está dando pra pegar um pouco de água em nossas cisternas. Está dando pra viver. Nossa preocupação é para caso o inverno novamente não seja bom e não dê recarga nos açudes, aí a nossa comunidade vai voltar a ser atendida? Espero que sim", expõe o agricultor José Custódio Sobrinho, 47, morador da localidade do Pote Seco, Zona Rural de Quixadá.
Requisitos
Para ser contemplado pela OCP, é necessário que o Município decrete situação de emergência por seca ou estiagem. No último dia 15 de janeiro, o levantamento periódico da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) contabilizou 69 municípios cearenses em situação de emergência por seca decretada ou homologada pelo Governo do Estado.
Destes, 66 também estão com a situação reconhecida pelo Governo Federal. Três (Quixeré, Araripe e Pedra Branca) aguardam análise do reconhecimento federal.
A declaração permite aos municípios solicitar recursos para ações de resposta de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais, como perfuração de poços, Operação Carro-Pipa e adutoras de engate rápido. Do total, 27 cidades estão incluídas na lista até junho deste ano; Itatira permanece até julho. Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) informou que, neste mês de fevereiro, a Operação atenderá a 72 municípios cearenses, com 593 veículos, contemplando aproximadamente 176 mil pessoas.
Além disso, o Órgão disse que houve repasse de R$ 19,1 milhões ao Governo do Ceará para apoiar a operação estadual em áreas urbanas, com vigência até junho deste ano.
Redução
A Pasta explicou ainda que, após 2018, o processo de declaração de situação de emergência passou a ser "observado com detalhe". Municípios inclusos na Operação, que estavam com a vigência do reconhecimento (180 dias) expirada, foram notificados para regularizar a situação, sob pena de exclusão do programa. Já algumas localidades que tiveram ocorrências de precipitações recentes "podem ter passado por nova avaliação do Exército Brasileiro, já que não haveria mais a necessidade de abastecimento emergencial".
O Ministério também informou que a Operação pode ser interrompida quando ocorre a implantação e entrega de um poço à comunidade por meio de uma parceria entre o Exército e a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec). O órgão não detalhou quais cidades cearenses receberam os equipamentos.
Crítica
Em algumas localidades, agricultores criticam que as chuvas, caídas neste início de quadra invernosa, ainda não têm sido suficientes para garantir recarga nas barragens, cisternas ou poços.
Em Quixadá, a zona rural era atendida por cerca de 60 carros-pipa, hoje são apenas nove. Na comunidade da Várzea da Onça, famílias analisam não ser possível se manter sem o auxílio da Operação. "Está muito cedo para suspenderem. Se já tivesse chovendo há bastante tempo, tudo bem, a gente entendia, mas começou a chover agora, muitos estão sem água e vão acabar tendo que comprar, mesmo sem fonte de renda garantida, já que não há plantação", avalia a agricultora Rosalva Pires.
FONTE: G1 CE

Funcionários da Cagece são demitidos após superfaturamento de R$ 4,1 milhões

Quando a tampa do bueiro estoura e a água fétida alaga ruas, casas e contamina a saúde da população, tudo cheira mal. O cidadão reclama, a mídia mostra, o "Governo" conserta - e nada muda. A podridão recorrente pode estar em um buraco invisível e mais profundo. Em Tauá, a cerca de 337 km de Fortaleza, tem sido assim: o superfaturamento de R$ 4,1 milhões paralisou uma obra de ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) do município, de responsabilidade da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), e gerou a demissão de quatro funcionários da empresa, neste mês.
O prejuízo total, conforme a companhia, ultrapassa R$ 7,3 milhões. Em portaria interna, a presidência da Cagece determinou a demissão por justa causa, diante de "falta grave", de Fernando Rubens Barrocas Gadelha, engenheiro de fiscalização da obra; José Delano Gondim Júnior e Iran Farias Cavalcante Júnior, coordenadores de obras do Interior; e Gentil Maia Lima, gerente de obras e gestor do contrato; pelo envolvimento em "procedimentos internos não conformes", que ocasionaram os prejuízos contratuais. Delano Gondim chegou a se candidatar à posição de "representante dos funcionários da companhia no Conselho Administrativo", em dezembro.
Além dos quatro, mais dois homens acusados de participarem das atividades corruptas foram suspensos por oito e quatro dias. A companhia não informou, contudo, o motivo da punição menor. "Essa irregularidade na gestão do contrato foi identificada e tratada no âmbito dos competentes processos, como exige a política da Cagece, resultando na apuração e na devida responsabilização pelos fatos, com todas as decisões tendo sido confirmadas pela Secretaria das Cidades", afirmou a empresa, em nota.
Quanto à empresa contratada que gerou o prejuízo, BT Serviços LTDA., "foi responsabilizada com a rescisão do contrato, multa e declaração de inidoneidade". A companhia informou ainda que "já ajuizou ação para ser indenizada pelos prejuízos, estando ora em tramitação no Poder Judiciário".
Defesa
Em nota, a defesa dos ex-funcionários classificou como "represália política" e "absurda" a acusação da Cagece de que houve improbidade por parte dos engenheiros, afirmando que eles já moveram ação judicial contra a companhia pelas demissões e que nunca tiveram em suas fichas funcionais qualquer registro de irregularidade."
Segundo a advogada Marisley Brito contratada pelos quatro ex-funcionários, "a Comissão Processante instaurada pela empresa indeferiu pedido de prova pericial de serviços efetivamente executados em Tauá e a exatidão do respectivo pagamento", e a Cagece, "para justificar a decisão de demissão, utilizou-se de relatório produzido em processo do qual os engenheiros não participaram."
A defesa afirmou, ainda, que a construtora responsável pela obra do SES de Tauá "já ajuizou ação de cobrança contra a companhia cobrando o serviço realizado, que não foi pago". "O projeto de saneamento básico de Tauá ficou engavetado por tanto tempo que quando foram iniciar as obras estava desatualizado demais. Além disto, também não tinha sido considerada a necessidade de emprego de explosivos por conta do tipo de solo rochoso. É irresponsável e anacrônico entender que o gerenciamento inteligente de obra de saúde pública em local já sofrendo de pandemia de dengue possa ser desqualificada como improbidade", concluiu a defesa.
O Sistema Verdes Mares voltou a entrar em contato com a Companhia de Água e Esgoto do Ceará, a fim de obter posicionamento sobre as alegações da defesa dos funcionários demitidos, mas a Cagece disse que não iria responder os novos questionamentos.
Além do desperdício de recursos públicos, a obra inacabada, paralisada há pelo menos três anos, tem causado transtornos diretos aos moradores e até à gestão municipal. Centenas de canos se estendem pelo antigo canteiro de obras, e, em algumas ruas, a rede coletora foi instalada, mas não houve ligação para as casas.
A falta de saneamento em Tauá é alvo de queixas da dona de casa Marta Torquato, cuja única esperança é mesmo "que a obra seja terminada". Os bairros mais afetados são Alto Melo Gomes e José Ózimo (Cidade Nova) - das 18 ruas compreendidas por este último, somente três estão saneadas. Já na Rua Francisco Misael Cavalcante, no Centro, o esgoto sai da tubulação que deveria levá-lo para a estação elevatória e escorre livre, já que as estruturas ficaram pela metade.
O secretário de Infraestrutura de Tauá, Arialdo Urbano, lamenta a paralisação da obra e revela que, recentemente, solicitou informações ao escritório local da Cagece acerca de localização das ruas atendidas com a instalação de rede coletora de esgoto. "Só podemos recuperar a pavimentação, colocar asfalto, se naquela rua o serviço de saneamento estiver concluído, para evitarmos dois gastos com a quebra do pavimento", observa.
Em relação à retomada da obra e às providências a serem adotadas para resolver os transtornos estruturais enfrentados pela população tauaense, a Cagece não nos respondeu até o fechamento desta edição.
Histórico
Em setembro de 2012, a Cagece anunciou a realização de licitações de obras de esgotamento sanitário para as cidades de Tauá, na Região dos Inhamuns; Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza; e Viçosa do Ceará, na região Norte. O valor previsto para os três editais era de R$ 48,2 milhões com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Desde 2014, em Tauá, houve a realização de audiências públicas visando à elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico. Na cidade, a obra previa, segundo anunciou a Cagece, à época, investimentos de R$ 11 milhões e a construção de quase 34 quilômetros lineares de rede coletora de esgoto em diversos bairros, além de três estações elevatórias e igual número de estações de tratamento de esgotos, ampliando para 12.211 o número de residências beneficiadas.
Na época, Tauá já dispunha de mais de 19 km lineares de rede coletora de esgoto, e a previsão era de que a cidade teria índice de saneamento básico, que inclui também obra de drenagem de águas pluviais, em torno de 60% da sede urbana.
A previsão era de que os serviços de ampliação de rede seriam concluídos em abril 2015 - o que não se concretizou até hoje. O diretor de Operações da Cagece para o Interior, Hélder Cortez, informou que a empresa responsável pela obra abandonou os serviços, após anunciar falência, e houve rompimento do contrato. Cortez declarou ainda que a companhia convocou a segunda e a terceira empresas, por ordem de colocação, mas houve recusa em assumir a obra. "O projeto está pronto para continuidade da obra, e agora vamos buscar captação de recursos na Caixa Econômica Federal e na Funasa (Fundação Nacional de Saúde)", explicou. "Será feita uma nova licitação, mas ainda sem previsão de prazo".
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE

Escavadeira tomba e mata motorista em Limoeiro do Norte, no Ceará

Um motorista morreu após a escavadeira que ele conduzia tombar e prensar seu corpo na localidade de São Raimundo, no município de Limoeiro do Norte, na tarde deste domingo (17).
De acordo com a Polícia Civil, a vítima, identificada como Francisco Erivaldo da Costa, 33, estava trabalhando na escavação de um terreno quando a máquina tombou e caiu por cima dele, que morreu no local.
O caso está sendo investigado pela delegacia de Russas, plantonista da região. Conforme os policiais, foi feita uma perícia no local para apurar as circunstâncias do acidente. 
    FONTE; G1 CE

Ceará tem chuva em 107 cidades; Morada Nova registra 91 milímetros



Choveu em pelo menos em 107 municípios no intervalo, entre a manhã de domingo (17) e as 7h desta segunda-feira (18), conforme dados parciais da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Morada Nova, no Vale do Jaguaribe, registrou 91,7 milímetros. A segunda maior precipitação foi registrada em Icó, na Região Centro-Sul, com 85 milímetros. Em Iguatu, a chuva de 47 milímetros veio acompanhada por uma forte neblina. O internauta Fernando Moura de Queiroz registrou a neblina no Centro da cidade.
A principal causa das precipitações mais intensas, de acordo com a Funceme, é a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que apresenta-se próximo à costa norte do Ceará, assim como a atuação de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN), que está posicionado sobre o sul do Estado do Maranhão.
Maiores chuvas do dia no Ceará
Em milímetros
91,791,785857979585848484747414136363636Morada NovaIcóCascavelViçosa Do CearáBarreiraIguatuUruocaOrósPacajus0100255075
Viçosa Do Ceará
58
Fonte: Funceme

Previsão para os próximos dias

Previsão para segunda-feira (18):
  • Nebulosidade variável com eventos de chuva no centro-sul. Nas demais áreas, nebulosidade variável com chuvas isoladas.
Previsão para terça-feira (19):
  • Nebulosidade variável com chuvas isoladas no centro-sul. Nas demais áreas, há possibilidade de chuva.
Previsão para quarta-feira (20):
  • Nebulosidade variável com possibilidade de chuva no centro-sul e na Ibiapaba. Nas demais áreas, céu parcialmente nublado.
  • FONTE: G1 CE

No Piauí, grupo faz protesto em supermercado da mesma rede em que jovem foi morto por segurança

Uma manifestação foi realizada nesta segunda-feira (18) dentro do supermercado Extra na Zona Leste de Teresina em protesto contra a morte de Pedro Henrique Gonzaga. O jovem, de 25 anos, morreu após ser agredido com uma ‘gravata’ por um segurança de um estabelecimento da rede no Rio de Janeiro, na quinta-feira (15).
Procurada pelo G1, a rede de supermercados comunicou que entende a dor e se solidariza com o sentimento em torno da morte de Pedro Henrique. A rede Extra reiterou que contribui com as autoridades responsáveis para que o episódio se esclareça e reforçou que é contra todo ato de violência, excessos e de racismo.Na capital piauiense, o protesto foi marcado por um “banho de sangue”. O ato simbólico é uma performance criada e protagonizada pela dançarina Luzia Amélia, que já foi realizada em outras oportunidades. A artista sofreu ataques racistas pela internet por conta de uma das apresentações. "Estou emocionalmente cansada, destruída. Foi muito forte entrar naquele espaço porque é igual em todo o país e foi como estar lá, onde ele foi morto”, contou.
Como mulher negra, mãe de um rapaz de 19 anos, compartilho a dor da mãe dele. Matam nossos filhos. Nos invisibilizam e colocam nossa imagem sempre como o lado ruim da história. Mataram nossos ancestrais e querem matar nosso futuro. 
Estiveram presentes na manifestação diversos movimentos sociais. Além do banho de sangue, o grupo espalhou cartazes com o rosto do jovem e frase “Vidas negras importam”. Parte da performance de Luzia foi colocar um dos cartazes dentro do freezer de carnes do supermercado.
“É uma relação à frase ‘a carne mais barata do mercado é a carne negra’. Porque nossa carne não vale muito no Brasil. Nossos corpos são marcados pela violência, pela morte, por uma história de escravidão que as pessoas insistem em não considerar e não levar a sério”, explicou a dançarina.Pedro Henrique Gonzaga morreu após ficar desacordado ao levar um "mata-leão" de um segurança de um hipermercado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na quinta-feira (15). O caso gerou comoção em todo o país. Houve manifestações em diversos estados, como Rio, São Paulo, Ceará e Pernambuco.
A maior parte dos protestos aconteceram no domingo (17). Em Recife, manifestantes percorreram áreas de um dos supermercados da rede na capital pernambucana e fizeram performances. Em São Paulo, um grupo levou faixas com as frases “não consigo respirar” e “vidas negras importam” para um dos estabelecimentos da rede Extra na região central da capital paulista.
Em Fortaleza, um grupo realizou um protesto em frente ao hipermercado Extra na Zona Sul da capital cearense. Durante o ato, os participantes entraram no estabelecimento com cartazes e gritaram palavras contra a morte do jovem.Ainda no domingo (17), um grupo de pessoas se reuniu em uma unidade do Extra, em Aracaju, no Sergipe, para protestar contra a morte de Pedro Henrique Gonzaga. Durante o ato, alguns manifestantes simularam o golpe aplicado pelo segurança para imobilizar a vítimae ergueram cartazes com palavras contra o racismo.
Para a dançarina, o ato no Piauí teve como objetivo deixar uma pergunta na mente das pessoas que estavam no supermercado. Luzia afirmou que as pessoas devem se interrogar sobre os crimes violentos envolvendo pessoas negras no país. “Com esse ato a gente não quis deixar uma mensagem, mas uma pergunta: Como é que vai ficar?", questionou.

Extra diz ser contra violência

Por nota, a rede de supermercados declarou que entende o sentimento que leva à realização das manifestações e lamenta a perda de uma vida.
Confira a nota na íntegra:
Com relação ao episódio que levou à morte de Pedro Henrique de Oliveira Gonzaga na tarde da última quinta-feira (14.02) no Hipermercado Extra Barra, a rede vem a público reiterar que não aceita qualquer ato de violência, excessos e repudia toda forma de racismo.
A rede Extra não vai se eximir das responsabilidades diante ocorrido e temos total interesse em esclarecer a situação o mais rápido possível. Estamos colaborando com as autoridades fornecendo todas as informações disponíveis.Os seguranças envolvidos na morte do jovem foram imediatamente e definitivamente afastados de nossas operações. A companhia instaurou uma sindicância interna e acompanha junto à empresa de segurança e aos órgãos competentes o andamento das investigações. Acrescentamos que, independentemente do resultado da apuração dos fatos, nada justifica a perda de uma vida. A companhia se solidariza com os familiares de Pedro Henrique de Oliveira Gonzaga nesse momento de dor e de tristeza. Sobre as manifestações, o Extra entende a dor e se solidariza com o sentimento em torno da morte do Pedro Henrique. Reiteramos que estamos contribuindo com as autoridades responsáveis para que o episódio se esclareça rapidamente e reforçamos que somos contra todo ato de violência, excessos e de racismo. Como empresa presente no país há 30 anos e que emprega mais de 20 mil pessoas, o Extra não se exime de suas responsabilidades e do compromisso de buscar a melhoria contínua.
FONTE: G1 CE

ATACAREJO AVENIDA chegando em Campos Sales

A População de Campos Sales está ansiosa para a Grande Inauguração de um dos maiores atacarejos da região! Atacarejo Avenida!!! Localizado n...