Crianças, idosos e gestantes incluem o grupo
mais sensível às consequências do consumo de queijo infectado, segundo médico
Fincado em um espeto de madeira, levemente tostado
e exalando um aroma característico que é, para muitos, convidativo. O queijo
coalhose apresenta dessa forma na maioria das barracas de praia do
Nordeste, onde é mais popular. Em oposição ao sabor que agrada, o laticínio
pode apresentar alguns tipos de bactérias nocivas à saúde, caso não atenda aos
padrões microbiológicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Dos microorganismos que podem infectar o
queijo, Staphylococcus e coliformes fecais são
alguns dos menos perigosos, porém, mais comuns. O primeiro é mais comum em
infecções originadas na pele, a partir de arranhões, por exemplo. Uma vez ingerido,
porém, pode causar intensa infecção intestinal, com vômitos e diarreia. Os
coliformes, por sua vez, são naturalmente encontradas no intestino, e podem
ocasionar infecções intestinais e urinárias, com náuseas e vômito.
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Caso atinjam a corrente sanguínea, ambas as
bactérias podem originar infecções graves, chegando a causar choque séptico, no
caso da Staphylococcus. De acordo com o infectologista do Hospital São
José e professor da Universidade Federal do Ceará (UFC),
Anastácio de Queiroz, a maioria das pessoas adultas já desenvolveram anticorpos
contra tais tipos de bactérias.
“A preocupação maior é com crianças, que ainda não
tiveram contato com esses organismos, pessoas idosas, cuja imunidade envelheceu
um pouco, mulheres grávidas e pessoas transplantadas, com Aids, ou que fazem
quimioterapia. Esse grupo está muito mais propenso a desenvolver infecções
graves”, afirma.
Tratamento
O tratamento das patologias geradas pelos
microorganismos depende diretamente da quantidade de alimento
infectado que foi consumida, e das condições imunológicas do
indivíduo. “O médico deve avaliar o caso como um todo. É recomendado que colham
sangue, fezes e urina para identificar a bactéria que está causando o problema.
Só depois utilizamos antibióticos, para que não haja interferências no
diagnóstico”, explica Anastácio de Queiroz
A recomendação do infectologista é nunca consumir
alimentos que não tenham rótulo em suas embalagens, ou que sejam vendidos “em
esquinas ou lugares duvidosos”. “Sei que é difícil, pois comer em carrinhos de
rua é um hábito. Mas é preciso ter cautela”, ressalta.
FONTE: DIÁRIO DO NORDESTE
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