Salitre. Produtores
rurais, agricultores, representantes de entidades de classe, poderes executivo
e legislativo de Salitre participaram, nesta segunda-feira, na sede da Câmara
Municipal, de uma audiência pública onde se discutiu a defasagem na
comercialização da farinha de mandioca. O produtor Agenor Manoel Ribeiro disse
que o Município é hoje quem mais produz farinha de mandioca do Estado.
Entretanto, o setor passa por
inúmeras dificuldades, em virtude da defasagem no preço de venda do produto.
"Um dos objetivos dessa audiência é conseguirmos levar a proposta de um
preço melhor para a Conab, de modo que possamos vender o produto diretamente no
órgão, sem passar pela figura do atravessador", conta Agenor.
A proposta se baseia num programa
da Conab que garante a compra direta ao produtor pelo valor de R$ 45, a saca de
50 Kg. Embora se tenha um preço garantido, a venda direta não está sendo
efetivada. Quando é pactuado esse acordo, a Conab passa a garantir a compra de
tudo que é produzido.
Cerca de 3 mil agricultores de
Salitre cultivam a mandioca, e estão sendo prejudicados diretamente, além de
cerca de 6 a 8 mil famílias que são afetadas, pois cultivam a mandioca à base
da agricultura familiar. Estes produtores em menor escala também beneficiam a
mandioca em pequenas casas de farinha, numa distribuição de tarefas familiar e
artesanal. Como tem que ser a feita a venda por meio de atravessadores, o preço
atualmente se torna insuficiente para cobrir os custos da produção.
A mandioca é um dos produtos que
exige muito trabalho para ser beneficiado, transformado nos seus derivados, e o
trabalhador que manuseia a terra compacta, sob o sol escaldante, dia após dia,
e se obriga a vender o produto ao atravessador por menos da metade do preço de
compra da Conab, pelo valor de R$ 23. A farinha comum está sendo repassada pelo
valor de R$ 19,00.
Fonte: Diário do Nordeste
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