O procurador-Geral de Justiça do Ceará, Plácido Barroso Rios, manifestou repúdio ao que considerou ´ataque institucional´ à Promotoria de Justiça, no caso do ataque ao Fórum Doutor Leônidas Ferreira de Sousa em Nova Olinda (distante 543 quilômetros de Fortaleza), no último domingo. O local teve as portas arrombadas, destruição dos documentos e pichações com palavras de ameaça ao promotor de Justiça titular, Daniel Ferreira de Lira.
O procurador solicitou ao Núcleo de Segurança Institucional e Inteligência (Nusit) do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) para acompanhar as investigações da Polícia Civil e fazer a segurança do Promotor de Justiça e família.
Uma comitiva do Ministério Público chefiada pelo procurador Plácido Rios irá ao Fórum de Nova Olinda, na próxima segunda-feira (30), para conferir as consequências dos danos à Instituição e acompanhar o andamento das investigações. A vice-procuradora-geral de Justiça e coordenadora da Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), Vanja Fontenele, e o corregedor-geral do MPCE, José Wilson Sales, também farão parte do grupo que se deslocará até a cidade de Nova Olinda.
O Fórum foi invadido na noite do último domingo (22). Segundo o inspetor da Delegacia Regional do Crato, Eugênio Gondim, os suspeitos entraram pela janela da sala da Promotoria, arrancaram a grade e arrombaram a porta que dá acesso ao Fórum.
As salas tiveram computadores quebrados e processos danificados. A Polícia afirmou que três armas de fogo apreendidas foram levadas pelos suspeitos.
Suspeito
O vigilante do Fórum foi encaminhado à Delegacia Regional do Crato por ser o principal suspeito da ação já que não foi trabalhar na noite da invasão. De acordo com a Polícia, Francisco Túlio Bezerra Santos, 29, responderá por furto qualificado, dano ao patrimônio público e supressão de documentos públicos.
Conforme o delegado titular da Delegacia Regional do Crato, Giuliano Vieira Sena, o vigilante, Francisco Túlio, prestou depoimento e segundo o delegado, apresentou uma "versão mentirosa" sobre o que aconteceu no domingo à noite. Em depoimento, o homem disse ter ido para uma festa no Crato. Mas a mãe e a esposa de Francisco Túlio, não confirmaram a versão.
Giuliano Vieira também explicou que o trabalho feito pelo MPCE e o Poder Judiciário na Comarca de Nova Olinda é atuante e a invasão não restringe as atividades feitas pelos órgãos. Sobre as palavras escritas na parede o presidente do inquérito afirmou que foi um "ato de vandalismo", mas as Instituições são mais fortes e continuarão seu trabalho.
Fonte: Diário do Nordeste
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