Ceará é 2º do NE em microempreendedores

Crescimento destes profissionais no Ceará foi de 1,43% em março ante fevereiro, e somam 217.456
Os mercadinhos foram os tipos de negócios que tiveram mais crescimento em março deste ano, segundo Portal do Empreendedor
01:00 · 12.04.2018 por Hugo Renan do Nascimento - Repórter
O número de microempreendedores individuais no Ceará cresceu 1,43% em março na comparação com fevereiro. No mês passado, eram 217.456 MEIs no Estado, enquanto que no mês anterior eram pouco mais de 214 mil empresas deste porte. No entanto, a quantidade de empreendedores individuais é menor do que em igual período do ano passado, quando o Ceará registrou mais de 225 mil MEIs.
Os resultados do último mês ainda mostram que o Estado é o segundo do Nordeste com a maior quantidade de empresas optantes pelo Simples Nacional, perdendo apenas para a Bahia, com quase 373 mil. As informações constam no Portal do Microempreendedor Individual.

Completam o ranking na Região: Pernambuco (213.468), Paraíba (96.461), Rio Grande do Norte (89.503), Maranhão (81.271), Alagoas (69.146), Piauí (57.293) e Sergipe (41.896), totalizando 1,23 milhão. Em todo o País, conforme os dados do Portal, o mês de março fechou com 6,7 milhões, queda de 3,4% em relação a igual período do ano passado, quando o Brasil registrou mais de 6,9 milhões de MEIs.
"Nos primeiros anos da lei do MEI nós víamos um crescimento exponencial. Havia muita gente interessada na formalização, mas nos últimos anos a gente tem percebido que esses números começam a se estabilizar. Isso é normal e reflete no crescimento mais estável do setor", explica Alice Mesquita, articuladora da unidade de atendimento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/Ceará).
De acordo com ela, no mês de janeiro geralmente há um volume muito grande de empreendedores interessados na formalização. "No começo do ano tem um pico alto e depois isso estabiliza. É o que temos percebido nas últimas pesquisas". Segundo os dados do Portal, em janeiro deste ano, haviam sido registrados cerca de 254 mil microempreendedores individuais no Estado.
Mesquita também afirma que a questão do crescimento no número de microempreendedores individuais tende a se tornar menor e chegar no patamar de estabilização. "O que pode acontecer neste ano é por conta da mudança de regra do faturamento. Enquanto que até o ano passado o MEI teria que registrar um faturamento de até R$ 60 mil anuais, a partir de 1º de janeiro este número passou para R$ 81 mil. Então muitas empresas podem migrar ou voltar para o registro do MEI", acrescenta.
Atividades
Segundo a articuladora, no Ceará, o comércio de moda e pequenos negócios de mercadinho são as principais atividades dos microempreendedores individuais. "Outro que está crescendo muito é o mercado da beleza, como manicures e cabeleireiras", afirma.
O Estado possui diversos negócios do setor de confecções e calçados, incorporando mão de obra e possibilitando a abertura de novas empresas, principalmente de microempreendedores, segundo Mesquita.
"Aqui no Ceará, por ser um dos melhores do Nordeste, quanto à capacitação e solidez dos negócios, a gente sempre se configura como o melhor nível de empreendedorismo". Neste quesito, o Estado é referência na questão da solidez fiscal e na ambiência para novos negócios.
"Hoje, 50% dos empreendedores individuais cearenses escolhem este regime por conta das oportunidades e necessidade. A maioria deles, inclusive, já tinha alguma habilidade naquele negócio", completa.
Crise
A recessão econômica não atrapalhou os negócios dos microempreendedores individuais, segundo a articuladora do Sebrae Ceará. "Para este tipo de mercado a crise não afetou tão fortemente. Os negócios continuam com perspectiva de crescimento. A maioria deles conseguem manter sua massa salarial", reforça ela.
De acordo com Mesquita, os investimentos, mesmo na época da crise, continuaram crescendo e prosperando. "Inclusive, muitos microempreendedores individuais conseguiram investir mais. O risco para eles é bem menor em relação às grandes empresas", aponta.
Crédito
Ainda segundo a articuladora do Sebrae, uma das barreiras para a consolidação dos microempreendedores individuais é a limitação do crédito por parte dos agentes financeiros. "Às vezes, o microcrédito não é suficiente e precisa de um investimento maior", diz ela.
Em muitos casos, conforme ela, vai depender do histórico do cliente para os bancos liberarem um crédito maior. "No máximo R$ 10 mil e o banco não empresta este valor. E menos do que isso para muitos negócios não é suficiente", acrescenta.
A formalização dos microempreendedores sempre foi uma preocupação do Sebrae, mas além disso, nos últimos dois anos para cá, há um movimento maior de fortalecimento e manutenção dos negócios, de acordo com Mesquita.
"Agora o nosso papel mudou e estamos focando na manutenção deles. A formalização já acontece e precisamos fortalecer as empresas para que elas continuem com o CNPJ ativo".
Uma das formas de fortalecer os MEIs é oferecendo suporte para as empresas através de capacitação, gestão básica, entre outras ferramentas.
"Muitas pessoas nos procuram com o intuito de auxiliar na formação do preço de venda, por exemplo, e na identificação de novos mercado. Os empresários precisam trabalhar o dinheiro, separa o pessoal do profissional e isso é muito importante para a manutenção do negócio", diz Alice.

Por: Diário do Nordeste

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